terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Paladino Urbano


Olá!

Este conto foi inspirado na seguinte cena que aconteceu hoje aqui em minha cidade:

Hoje ao ir para o cinema eu estava a pé por causa da chuva que caia aqui em Uberlândia-MG.
Como a chuva era fraca, mas forte o suficiente para me fazer largar a minha bicicleta em casa e usar o transporte público no meu segundo ônibus (com passagem de R$ 2,25 e ainda ter que pegar três coletivos pra chegar ao meu destino sendo que não demora nem 25 minutos. - Ninguém merece.) vejo uma cena inusitada:

A certa altura do percurso, vejo um policial correndo com a sua arma em punho no meio da chuva que caia, tentando compreender o porquê de um homem armado corria pela chuva olhei para a direção em que ele corria.
Para a minha surpresa vi um homem, bem maltrapilho, algemado correndo do policial, então gritei espantado, com a cena que me pareceu cômica:
“Olha o cara algemado correndo da policia!”

Muitos olharam viram e claro riram, imagino se o policial tenha nos ouvido, o meliante fugitivo estava lascado. (E sinceramente não sei por que o policial não atirou nas pernas do fugitivo.)

O Paladino Urbano:

“Estamos aqui com João, que apareceu no noticiário por ter sido refém durante uma tentativa de fuga de um homem que escapou da policia aqui na delegacia próxima ao Campus Umuarama em Uberlândia-MG”

(...)

Quem poderia imaginar que aquele homem aos seus 21 anos, ganharia notoriedade por ter feito algo que quase ninguém faria numa situação de crise:

“Salvar o maior número de vidas que ele consegui-se e sair vivo.”

João é o tipico nerd estudioso, que nas suas horas vagas vai jogar RPG, ler ou assistir algo do tipo Caverna do Dragão ou HollyAvenger, ou então jogos eletrônicos como por exemplo World of Warcraft, recentemente com todos os problemas e erros críticos na sua vida pessoal ele e Mel terminaram um namoro de 2 anos.

Foram dois meses difíceis para esse brasileiro honesto com espírito de bom moço, amante do estilo “paladinesco” de viver, no primeiro mês após a separação eles brigavam muito por telefone, MSN e na comunidade de relacionamentos em que participavam, pois João ainda a ama, mas ela mesma deu um basta a tudo.

Quando ele viu que realmente tudo tinha acabado, ele pensou que só faltava ela o xingar muito no twitter. Mas nada disso aconteceu, o silencio foi maior, foi mais torturante.

“O que é um cavaleiro sem sua dama?”- A pergunta deixava as lentes de seus óculos embaçados, amar demais uma pessoa e não ser o homem certo para tal mulher era como ter uma Claymore cravada no meio do peito e ainda conseguir respirar e viver. E ainda pensar no que o destino quer dizer quando tudo a sua volta o faz lembrar o nome da mulher amada.

“Mel...”

Pesar, tristeza, saudade, se misturam com a raiva do que ele sente de si mesmo no momento, das brigas que tiveram, de não poder deixar ela com a certeza que eles eram feitos um para o outro.
E a cada vez que alguém dizia o nome de uma amiga completo que por coincidência era o nome de sua amada, a dor era exatamente rara e doce como aquele nome:

“Melynna.”

Tomar um sorvete com mel, passar mel em uma torrada não era nada, isso ele superou no terceiro dia, porém achar outra Melynna era demasiado angustiante, mesmo com a grafia diferente, mesmo com o rosto, olhos e formas não serem da sua Mel, era como se Deus o fize-se a amar por 900 anos, mesmo estando longe.

Quais eram os motivos das brigas? Nem ele se lembrava, era como se cada coisa em comum deles vira-se o maior motivo de briga. Em muitos momentos enquanto relembrava sobre eles, João dava a razão para os argumentos de Mel: que ele era o culpado por tudo, que suas coisas eram idiotas e infantis, que seu comportamento era tão infantil quanto idiota.

Porém isso era realmente verdade ou era só a culpa por não ter mais a sua amada por perto que o fazia achar que tudo no mundo era culpa dele? Que por mais que ele fosse um bom moço ele não passava de uma criança, de um idiota que todos podiam passar para traz graças a sua inocência e honestidade? Ou que ele realmente era tudo o ao contrário do que ele gostaria de ser ou falava que era?

Perguntas que sozinho ele não encontrava a resposta, mesmo os seus amigos, zombavam dele por ser tão obcecado com os seus estudos e com as coisas que o faziam rir e sonhar, que o empurravam para ele quem sabe um dia poder ser um escritor famoso ou até mesmo um roterista de revistas das Marvel Comics? E assim João viveu esses dois meses, pensando em largar tudo e se dedicar só aos jogos só ao amor que não lhe abandonaria sem ele saber que o erro fora realmente dele.

Só que o dia de hoje lhe reservou a situação mais inesperada do mundo, algo que ele ou qualquer um poderia descrever com só o coração pode explicar o que ele escolheu fazer.

Naquela tarde chuvosa, de uma garoa fina, mas muito bem vinda para aquela cidade que amargou 110 dias sem cair uma única gota durante o inverno no cerrado João desceu de seu ônibus e ao atravessar a rua ele percebe que a sua querida Mel está esperando um ônibus. De uma sensação relaxada por causa da chuva ele acaba ficando muito tenso.

Eles se cumprimentariam? Ela o ignorará? Enquanto caminhava para o seu destino que era um anfi teatro da Universidade Federal De Uberlândia, ele não poderia simplesmente virar e ir por outro caminho, ou ele a superava e aos seus sentimentos ou eles começariam uma briga ali naquele local, a cada passo seu coração aumentava o ritmo, sua garganta ficou seca, os olhos de João ficam embaçados.

Com o refrão de uma música sertaneja ele finalmente entende a figura de linguagem de que a saudade é um prego e o coração é um martelo. Mel percebeu que ele vinha, mas tão rápido ela o reconheceu seu rosto ficou com uma expressão tão fria quanto ao mármore então João passa por ela, sem sequer esboçar uma palavra, ela nem o acompanhou com o olhar, disso ele teve certeza, pois virou a cabeça tão rápida, para vê-la que com toda a certeza ele poderia ter notado se ela olhou para ele,

A tensão deixou João fora de órbita ele sequer viu ou ouviu o ônibus que vinha para aquele ponto chegar e como tinha virado para ver o desembarque e o embarque das pessoas naquele ponto de ônibus não conseguiu evitar o safanão que levou fazendo-o cair no chão, ao sentir a dor da queda pragueja contra aquele que o fez parecer ridículo na frente de todos, porém um grito fez o seu coração acelerado congelar de medo.

“-Ninguém tenta nada ou a loirinha vai levar chumbo!”

Um homem maltrapilho, desesperado, algemado nos pulsos e com uma arma semi-automática, fez Mel de refém, as pessoas se acotovelaram para sair de perto o ônibus partira em meio aquela confusão, só João ficou ali, com os joelhos tremendo o coração na boca e a alma fora do corpo.

“O que você ta fazendo ai Mané?”- o sequestrador gritava com João. - “Não cola aqui ou eu mato você e ela!”

“MEL”.- A alma de João gritou por ela, mas da boca de João não saiu nada.

Melynna aos seus dezoito anos, nunca tinha presenciado nada daquele tipo ainda mais em Uberlândia que tinha um índice de violência até controlada, mas ela que nunca soube um amigo dela ou de quem ela conheceu não teve de servir de refém para alguém. Mas o que deixava aquela cena mais assustadora para ela era ver o medo estampado na cara de João, o medo que ela sempre vira quando eles discutiam a falta de confiança dele nela ou mesmo nele mesmo, resumindo tudo, para ela João era a encarnação da fraqueza e do medo em um ser humano, um verdadeiro amarelão. E que naquele momento ele iria explodir com o seu coração de “Romeu apaixonado” e fazer a maior burrice do mundo e piorar as tudo para ela.

João que já tinha perdido tudo o que ele mais acreditava no amor, não sabia realmente que ali naquela hora ele estava de frente para a real perda de esperança. Se algo desse errado como algumas vezes foram noticiados, que por um erro, por despreparo de um policial ou acidente o refém poderia ser gravemente ferido ou mesmo morto. E assim seu lado “paladinesco” entra em ação:

“Cara escute. Vamos fazer uma troca você solta ela e eu fico no lugar dela.’’- Sua voz tremeu o tempo todo.

Mel e seu opressor ouviram e não acreditaram, enquanto ela olhou quase chorando para o louco e sua loucura o homem riu e disse indignado:

“Tu ta tirando onda com a minha cara?”

“Não. Só não quero saber que uma mulher poderá sair ferida disso e eu não fiz nada para mudar.”- Agora a voz de João tremeu menos.

“Mano, tu fumou o que? Quer ficar no lugar da boneca pra troco de que? E por que eu trocaria essa loirinha cheirosa por um cueca?”- e então com certa dificuldade o homem aponta a arma para João.

“Simples eu sou da sua altura, não vou entrar em pânico como ela esta, e te dou a minha palavra que servirei de escudo humano para você.”- Desta vez João olhou firme para o homem desesperado a sua frente, mesmo ainda tremendo ao falar.

“HAHA, você acha que é gala de filme seu playba?.- o sequestrador volta apontar a arma para o rosto de Mel e fica um pouco abaixado atrás dela .

“Não eu me acho feio pra caramba.”- era isso que Mel não gostava em João essa falta de amor próprio, esse comportamento “pseudo-honesto”. E a capacidade de falar coisas que são as mais idiotas possíveis em uma situação de tensão. - “Eu não estou mentindo quanto a me deixar a ser seu escudo.”

“Hey guria você já viu um cara mais Zé-mané que ele?”- a respiração daquele homem assustava mais que a arma no seu rosto, Mel ficou com nojo dele e pelo poder que ele estava exercendo contra ela que sempre ficou acostumada em ser o centro das atenções, em que ter sua opnião aceita, nunca ter sido tratada como um objeto como, gado que enquanto é útil não é levado para o abatedouro. Mas ali naquela hora ela era o animal, e ver o João falar aquelas coisas absurdas para protege-la a fez ficar mais e mais frustrada.

“Olha a minha idéia “mano”, sou maior, sou míope e não vou reagir, vou poder te proteger assim como quero proteger essa garota.”- Nesse momento João virou-se lentamente e de costas para os dois continuou a falar.

“A policia deve estar chegando deixe-a ir pela direita eu fico com você, vou tentar fazer com que eles não te maltratem. Vou por minha mochila no chão e assim que eu colocar o meu óculos em cima dela você solta ela e me faz e refém”

“Velho eu não vou fazer isso. Eu não sou idiota e essa arma tem muita bala.”- novamente o fugitivo aponta a arma para João.

“Sei disso também, essa arma é padrão agora, mas um homem com um rifle de precisão pode te matar e você nem vai ver, ou mesmo em um confronto você não vai levar muitos “gambé” pra cova porque sua refém não vai te dar toda a cobertura que você precisa.”

Mel sabia que por algum maldito motivo João estava certo, armas de longo alcance fariam todo o trabalho, mas o que ele não contou era com o erro humano, que ela poderia morrer, se no caso dela um erro infeliz fosse cometido assim como em tantos casos tristes por este país.

“Então, vou contar até três, daí irei por o meu óculos em cima da mochila e você solta ela.”- A decisão no seu plano sem pé e cabeça foi como apostar roleta-russa.”

Um.

Dois.

Três.

Mel grita e parece ter sido jogada para o chão, com um forte safanão o fugitivo, faz João de refém e diferente da garota ele ficou calmo e deixou ser posto como um escudo, o momento foi quando o primeiro policial chegou gritando voz de prisão.

E então eles ouvem o grito de Mel:

“Seu porco idiota!”- e ela sai correndo para o outro lado da rua e some dos olhares dos dois, graças a uma multidão que foi em seu amparo.

O policial gritava no radio e para os dois homens a sua frente e então João grita:

“Se afastem daqui! Deixem-no respirar! Esta tudo bem eu concordei com isso!”- nisso policial, seqüestrador e a platéia ficam pasmos com a velocidade das palavras.

“O garoto tem culhões!”- As palavras gritadas pelo seqüestrador deixaram João mais certo do que tinha escolhido o melhor.

O policial se afastou com a arma guardada no coldre e usando o radio a todo o momento e nesse momento o bandido sussura.

“Você é mais louco do que eu, fazendo aquilo por uma desconhecida”. “Mas acho que ela não me xingou e sim a você rapaz.”

“Sinceramente eu não sei.”

“Agora vai mentir muleque?”- o homem ri, sua risada é carregada. “Eu escolhi você como o meu refém, mas não deu para te prender daí peguei a primeira que vi não esperava que você fica-se, mas como você estava com a cabeça virada para traz e ainda ficou para defender aquela doida, logo percebi que tu ta afinzão dela”.

“Na verdade ela me lembrou alguém que eu amei há tempos.”- A voz de João ficou triste.

“Só por isso?”- o homem ficou surpreso.

“Sim e não”. Mas como estamos agora mais íntimos queria saber o seu nome, eu me chamo João”.

O fugitivo ri alto e então diz o seu nome: “Pode me chamar Jesus, acho que você já esta rezando para mim e esta hora.”

Desta vez quem riu foi João, -“Então quer dizer que só falta àquela menina ser a Maria e o policial o José?”

Com a honestidade no comentário e até mesmo a ironia do destino ambos começam a rir.

“Moleque você é ótimo! Aposto que tem um monte de garotinha te dando bola, ainda mais com você sendo esperto.”

“Mulher não gosta de homem bonzinho demais. E no meu caso eu sou muito bobo. Para os espertos eu nem teria feito o que fiz agora.”

“A verdade José é que para as mulheres nenhum homem presta...”

“Solta o seu refém Mão-branca!”- Os reforços chegaram e a mídia também, dois canais de televisão e ao que parece dois de radio.

“Mas nem f*&¨%$$! Eu e o José aqui estamos ficando bem íntimos agora! Tamos nos entendendo numa boa!” - e aponta a arma para o rosto do seu refém.

Então as negociações começaram e com a presença dos jornalistas todos ficaram ainda mais tensos. Naquele momento era só vencer o seqüestrador por cansaço e sede, mas claro que uma boa conversa com promessas de segurança para ambos os lados faziam as negociações correrem lentas pela aquela tarde.

Naquela hora os pais do jovem envolvido, estavam desesperados por verem seu filho mais novo servindo de escudo humano para um marginal de rua. Mas o que toda aquelas câmeras e microfones não captavam era a conversa entre o refém e seu captor, o assunto?

Mulheres.

João não falou nada da Mel ou se referia a loirinha como a criadora das chagas no seu coração, porém Jesus contou que foi enganado por uma e assim matou os pais dela para poder os dois ficarem com a grana, como a menina era bem afortunada ele foi para a cadeia, depois fugiu e então foi preso em Uberlândia por porte ilegal de armas.

E então veio a cede Jesus pedia por água para os dois e João reafirmava que se a policia não colabora-se ia só prejudicar a vida de um jovem. A polícia só queria entregar a água para Jesus se ele se rende-se nisso foi a vez de João deixar todo mundo ali presente assustado:

“Se alguém tentar me salvar eu dou um jeito da arma dele disparar e se um policial chegar perto demais eu chuto as bolas dele!”

“Moleque você é doido?”- Gritou o policial que era responsável pela negociação.

“Eu já perdi tudo por minha causa, perder a minha vida não vai fazer diferença, eu só quero que ele tenha um julgamento justo!”

Agora Jesus ficou mais uma vez por entender o comportamento do jovem, porque ele queria justiça para um assassino como ele, que só deu azar da filhinha de papai que ele namorou e ajudou a matar os próprios pais dela tinha outros a protegendo e interessados naquela grana.

“Garoto...”- Jesus não sabia mais o que fazer ou falar, então para terminar tudo. – Você faz parecer que o certo é o mais fácil a se fazer.”

“Nunca é fácil fazer o certo. Porém não custa nada tentar. Assim como eu consegui salvar aquela mulher eu consegui fazer com que os policiais não atirassem na gente.”

“Você é louco! Mas é gente fina João.”

“E você Jesus, por mais que o sistema diga que não eu acredito que você é capaz de fazer o certo mais uma vez.”

“Você acredita em Deus garoto ou nessas baboseiras que dizem por ai?”

“Acredito mas é de um jeito bem particular demoraria muito para te explicar e com a garganta seca eu não vou conseguir.”

“Então vá beber água e depois quando puder você me conta.”

“O quê?”- Agora que não acreditava na atitude impensada foi João ao ser solto por Jesus.

Os policiais que vigiavam os dois,ficaram por entender do porque da soltura do jovem e com o comportamento de rendição de Jesus, que após soltar o seu refém deitou-se no chão para que a policia vi-se suas mãos algemadas e ele arremessando a arma para longe.

Enquanto todos os policiais tratavam Jesus como um saco de arroz outro grupo foi em socorro do jovem abatido lhe dando água e o afastando das câmeras.

As horas se passaram, João teve que fazer exame de corpo de delito, prestar depoimento, fazer acareação, acalmar os seus pais e claro procurar pelo policial que chegou primeiro no local de toda aquela bagunça e descobrir que o nome do cabo era José Maria.

Porém quem ele mais queria por perto, quem ele lutou com a própria vida para proteger, não estava lá e segundo os seus pais nem ficou muito tempo na delegacia enquanto ele foi para o hospital.

“Com licença eu sou Joaquim Neto e represento uma TV da cidade eu gostaria de saber se você poderia nos conceder uma entrevista.”

“Claro!- João queria realmente falar para todo mundo o que ele passou e o que ele fez pelo que ele lutou.

(...)

“Estamos aqui com João, que apareceu no noticiário por ter sido refém durante uma tentativa de fuga de um homem que escapou da policia aqui na delegacia próxima ao Campus Umuarama em Uberlândia-MG. João como você se descreve neste momento?”

“Eu me sinto como um cavalheiro medieval, praticamente um Paladino Urbano.”

domingo, 26 de setembro de 2010

The Live Master Acontece!

Olá!

Neste sabado passado,  26/09/2010 o campeonato The Live Master aconteceu com muitos altos e baixos.

Um dos grandes problemas que ocorreu, foi a falta de um modo lan, pois com a Battlenet meio instável acabou gerando atrasos para as partidas.

Outro foi ao meu ver o velho problema em criar chaves e emparelhar os jogadores, liberar pcs, conferir se não existia nenhum outro programa rodando e que nenhum dos participantes da partida pudessem ouvir o narrador do campeonato comentando sobre cada atitude tomada por cada concorrente.

Mas o mais triste foi a trollagem que aconteceu no chat da Stream, que mais incomodou quem estava assistindo e claro aos comentaristas que vinham conversar com a galera. ( Né Flavia?).

Sinceramente esse comportamento de troll que me irrita.

Eu particularmente gostei das partidas que acompanhei, muitos dos jogadores pertenciam a liga diamante, porém, muitos dos que assistiam as partidas reclamavam do nível estava baixo, ou que não mostravam as melhores partidas.

Lamp: Terceiro lugar no ranking LA
CroVaX: Décimo sétimo no ranking LA

Como só pude acompanhar as partidas a partir das quatro horas da tarde e com o agravante de eu estar no meu trabalho, fiquei feliz de ver as partidas e claro descobrir novas taticas com protoss e outras raças.

Devido aos contratempos as quartas de final ficaram para o domingo ( e por falar nisso esta acontecendo!)
Existe agora uma boa platéia no Stream http://www.livestream.com/tagsc2

Espero que os organizadores e participantes trabalhem duro para fazer o cenário nacional de competições crescer e assim criar o verdadeiro eSport nacional forte e consolidado.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Atualização no Torneio The Live Master

Novidades sobre o torneio de Starcraft2!

Segundo Rainbox, um dos organizadores, o torneio agora conta com algumas novidades importantes:

Olá, pessoal. Como estão?

Algumas novidades. Uma, operacional - outra, muito bacana.
1 - O local do evento "The Live Master" foi alterado.
Short Version: O BrasilCraft irá acontecer na lan house UnitZERO (http://www.unitzero.com.br)
Rua Domingos de Morais, 1.877
2 quarteirões do Metrô Vila Mariana

Long Version (aka Why?): (http://brasilcraft.wordpress.com)

Aqui, pedimos desculpas pelo inconveniente e agradecemos a compreensão.
2 - Com muito orgulho, anunciamos nosso novo parceiro: Fortnightly!
Para quem não conhece, o FN é organizado pelo CNB-Alfa (ninguém menos que o cara que organizou os 10 primeiros torneios online de StarCraft 2 para a comunidade BR). Depois de muito conversar, o Alfa topou vir para São Paulo acompanhar o BC:TLM e, além de tudo, somou a premiação do seu torneio no nosso. Então, teremos uma agenda integrada. Estamos - muito - contentes com isso tudo! :)

Em caso de dúvidas, cá estamos. Basta entrar em contato!
Não se esqueça: É neste sábado e contamos com a sua presença.

Att, 



Para maiores informações acompanhem o tópico:


http://us.battle.net/sc2/pt/forum/topic/628077057?page=1

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Campeonato de SC2 em São Paulo

THE LIVE MASTER - R$1.500 EM PRÊMIOS! 25/09
Pessoal THE LIVE MASTER é um torneio licenciado, com premiação interessante e há até jogadores de outros estados (no caso um jogador de Belo Horizonte. - eu moro em Uberlândia...) interessados em ir.
Quem quiser testar suas habilidades acompanhem o tópico ou mesmo os sites das empresas ligadas ao torneio!
Nas palavras de Rainbox, jogador de Starcraft2:
‘’Olá, pessoal. Tudo bem?

Enfim, há algum tempo estou estudando e conversando com alguns jogadores aqui da comunidade oficial de StarCraft II. E, agora, podemos anunciar o primeiro torneio de StarCraft II em São Paulo - SP. Ele irá acontecer no dia 25/09 e trará mais de R$1.500 reais em prêmios.

No post abaixo, deixo o release do evento para vocês. Conto com a participação de cada um, seja para jogar, ou para prestigiar (no local, ou através de nossa transmissão ao vivo na internet!)

Em caso de dúvidas, críticas, ou sugestões, estarei acompanhando o tópico:
Feedback inteligente é sempre bem vindo!

Obrigado, e espero vocês! ‘’
BrasilCraft organiza primeiro torneio ao vivo de StarCraft 2

São Paulo é o local escolhido para sediar o evento “The Live Master”. Competição reunirá os melhores jogadores brasileiros na disputa pelo primeiro lugar. 

SÃO PAULO, 08 de SETEMBRO de 2010 – A BrasilCraft, liga nacional de StarCraft II, anunciou o primeiro campeonato ao vivo do mais recente lançamento da Activision Blizzard. Batizado de “The Live Master”, o evento convida os melhores jogadores de StarCraft II a combaterem por mais de R$1.500 em prêmios.

“StarCraft BroodWar foi um jogo que cresceu junto com o cenário do e-sport no Brasil. Hoje, é um prazer receber a continuação desta saga. E, com o intuito de fortalecer o game competitivo no nosso país, damos início a esta primeira etapa”, explica José “rainbox” Junior, responsável pelo evento.

Os combates acontecerão na Lan House GameNetX em 25/09. “A escolha do local foi muito importante. A GNX é o maior cyberespaço de São Paulo. Por isso, escolhemos este ambiente para construir uma verdadeira arena”, completa o organizador.

Quatro empresas são responsáveis pela realização do evento: THS GAMERS, ZISK, AMD/ATI E ARENA STAR. Cada uma delas contribuiu com prêmios, brindes, ou auxílio de custo. A comunidade HangarNetwork abriu seu espaço para divulgação e organização do torneio.

Os competidores devem realizar uma inscrição no valor de R$25,00. Pré-inscrições com desconto podem ser realizadas através da internet. O evento é aberto ao público e, desta maneira, não existe custo nenhum para os espectadores – basta visitar o espaço no dia do evento e curtir as partidas. Além disso, a platéia contará com várias atrações paralelas, como distribuição de brindes, palestras, e sorteio de 07 caixas fechadas de StarCraft 2: Wings of Liberty.

Todo o evento será transmitido ao vivo por André “TAG” Girodo em seu seu canal na internet. Desta maneira, o público de fora de São Paulo poderá prestigiar a competição no conforto de seu lar.

Para mais informações, basta visitar o site do evento: http://brasilcraft.wordpress.com

Serviço: BrasilCraft: The Live Master
Quando: 25/09/2010 – Sábado. Das 09h30 às 22h00.
Onde: LanHouse GameNetX. Av. Ibirapuera, 2469. Moema. São Paulo – SP. Próximo ao Shopping Ibirapuera.
Custo: R$25,00 de inscrição para competidores. R$20,00 com pré-inscrição realizada através da internet. Entrada gratuita para espectadores.
Lotação: 64 competidores.
Extras: Distribuição de brindes para a platéia, incluindo 07 unidades de StarCraft 2: Wings of Liberty; Transmissão ao vivo para todo território nacional; Narração; Palestras; Telão; 
Sobre a BRASILCRAFT:
Criada em 2010, a liga nacional de StarCraft II tem como objetivo promover um ambiente competitivo e saudável entre os jogadores do game. Conhecida por realizar competições online, a BRASILCRAFT (www.brasilcraft.wordpress.com) parte para uma nova iniciativa com o objetivo de levar o StarCraft II ao vivo, para todo o Brasil.

Sobre a THSGAMERS:
Conhecida por seus clientes como um dos maiores e melhores revendedores de Games para PC incluindo títulos consagrados como World of Warcraft, AION, Starcraft, entre outros, a THSGAMERS (www.thsgamers.com.br) é uma loja virtual voltada ao público gamer com um portfólio incluindo Cdkeys, Game Cards e Cash para jogos de MMORPG bem como acessórios Steelseries e colecionáveis JINX, que preza pela qualidade do atendimento e satisfação dos clientes. Sua missão é ser a melhor opção para Jogos de PC no Brasil.

Sobre a ZISK:
A ZISK (www.zisk.com.br) é uma empresa focada na venda de créditos para salas de poker e carteiras virtuais, incluindo Paypal. Seu objetivo é proporcionar uma alternativa rapida e segura para jogadores que enfrentam dificuldades com transações internacionais. Com uma forte crença no esporte competitivo, começa seus investimentos no e-sport através do StarCraft II.

Sobre a AMD/ATI:
A AMD é uma empresa com inovação centrada no cliente, uma usina de processamento que oferece escolhas mais inteligentes a seus clientes e torna a tecnologia mais acessível ao mundo. A AMD se concentra em atender da melhor forma às necessidades das maiores empresas de produtos de informática, tecnologia sem fio e eletrônicos para o consumidor, a fim de ajudá-los a oferecer soluções de alta performance, uso eficiente da energia e processamento gráfico de alta definição com as placas de vídeo ATI. Maiores informações em www.amd.com/br.

Sobre a ARENA-STAR:
Fundada em 2001, serviu como referência para os times brasileiros de StarCraft Broodwar. A ARENA-STAR ficou conhecida pela prestação de diversos serviços gratuitos, como organizações de fóruns, campeonatos, clãs e muitos outros. Agora, com o auxílio de novos parceiros e completamente reformulado, o espaço promete se tornar a maior referência brasileira de StarCraft II e, assim, incentivar cada vez mais a competição online. Mais informações em
www.arena-star.com.br


Ps: Só estou fazendo a minha parte ajudando a aumentar o E-Sport no Brasil!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Panini querendo infartar fãs do WOW!

Olá!

Esta é para acabar com o bolso do pessoal!
Pois é a Panini tem orgulho de nos trazer este mês sua nova publicação sobre a HQ World of Warcraft, mas antes voltemos ao passado:

No final de 2008, a Panini Comics publicou uma minissérie em três edições que fez os fanáticos soltarem fogos de artifícios: World of Warcraft estava finalmente no Brasil! 
Mas ao invés de uma publicação periódica foi anunciada como uma mini-série ( o que pode ter assustados alguns). A mini trazia as sete primeiras edições da HQ da Wildstorm, escritas pelo lendário Walt Simonson (Thor, Quarteto Fantástico) com arte do desenhista francês Ludo Lullabi,  baseadas nas histórias do WOW. Bom, o tempo passou… e agora é hora da aventura continuar!


Agora a  boa noticia além do preço é que teremos 3 publicações no total de talvez 21 histórias da saga!


Volume 1: Estranhos em Terra Estranha (Setembro)
Volume 2: O Retorno do Rei ( Outubro)
Volume 3: Ventos da Guerra. (Novembro)

A sinópse do primeiro volume é a mesma quando eu apresento os Scans da The Centurions:

"As HQs contam a história de Lo´Gosh, um guerreiro que é achado desacordado e desmemoriado em uma praia, sendo levado a uma arena de lutadores, onde se prova um exímio combatente. Mas seu misterioso passado guarda segredos terríveis..."

Este mês a editora traz World of Warcraft  - Volume 1: Estranhos em Terra Estranha, edição que reúne as três edições da minissérie lançada no Brasil entre 2008 e 2009. 

Ficha Técnica:

Formato 16,5 x 25,5
180 páginas.
Papel Pisa Brite.
R$ 15,90.
Distribuição setorizada
Capa cartão.

World of Warcraft 1-7

Panini Comics é uma editora italiana com filial no Brasil. Tem contrato internacional de exclusividade com a Marvel Comics, podendo publicar seus títulos em todos os países em que está espalhada. No Brasil, também tem direitos de exclusividade com a DC Comics e publica desde o início de 2007 os títulos da Turma da Mônica, personagens criados por Mauricio de Sousa. Publica também mangás e outros materiais de editoras americanas e europeias.



Sinceramente eu não vejo a hora de poder comprar tais edições! E afirmo só não comprei hoje por falta de dinheiro!


Então pessoal sem desculpas para não ter uma parte bem importante da mitologia do WOW em mãos!
Hora de poupar uns trocados para poder fazer o mercado nacional render não só para os comerciantes como nós que querem livros como o romance do Arthas em português !

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

The Centurions e a edição nº 23 da HQ do WOW!

Dia 5 de Setembro e a The Centurions nos trouxe mais uma edição traduzida da HQ do WOW!
Desta vez eles contaram com a parceria da TropaBr, outro bom grupo de blogueiros que tem interesse em trazer coisas raras para o nosso país.


Graças a esta equipe:

Tradução: The Wanderer
Revisão: Challythra Illystryn
Diagramação: Garra das Trevas

Nesta  vigésima terceira edição temos a oportunidade de acompanhar a saga de Med'an, em busca de suas origens, a tentativa de Jaina Prodmoure em montar o novo Concílio de Trisfall.

Nesta edição temos uma viagem a Draenor com uma citação a Karazan!

Cho'gall prepara uma nova investida a Theramore e conta uma grande profecia. Seria essa profecia o prelúdio do grande Cataclisma que esta por vir?

Temos aqui uma boa leitura, já que o título se consolidou no mercado americano não temos agora cenas de luta tão bruscas, sem perder as informações da história do Universo do WOW.

E para quem não acompanha ainda a saga do inicio aqui esta um pacotão de edições!

Nota: Sempre compre o que sair em nossas bancas, assim vocês poderão contar cada vez mais com produtos com o selo da Blizzard!
Quem sabe um dia os romances não venham a ser vendidos no mercado nacional?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Conto: Cavaleiros da Supremacia

Olá pessoal!
Como prometido ( para desespero de muitos) começo dar sequencia a série de contos sobre SC. Estes contos foram originalmente feitos para o concurso de redação que a Blizzard promoveu durante o lançamento do Starcraft 2.

Autor: Estevan Andrade
Nome na Battlenet de Starcraft: Khas

Conto: Cavaleiros da Supremacia


Cavaleiros da Supremacia

Quando olhamos para um cartaz, vídeos holográficos, ou qualquer outro tipo de mídia, com imagens de soldados da supremacia, o que enxergamos?
Enxergamos cavaleiros em armaduras reluzentes, iguais aos nossos ancestrais durante a idade média na Terra, homens vestidos em armaduras, empunhando espadas e escudos para defender seu reino, porém os soldados da supremacia são homens e mulheres equipados com trajes de alta tecnologia, empunhando rifles, prontos para nos defender e, em muitas ocasiões, morrerem por nós.
Os nossos homens e mulheres, em armaduras reluzentes, nos protegem das ameaças zerg, protoss e, também, de rebeldes terranos que tentam desestabilizar a nossa supremacia.
É por isso que nós temos a obrigação de... (infelizmente, neste momento, me desconcentro na elaboração do meu discurso, por causa da abrupta interrupção do indivíduo que entra em minha sala). Seu nome é Ramires. Ele está ofegante, pronuncia algumas palavras tão rapidamente que não consigo compreendê-las.

“- Ramires, relaxe, respire fundo e me diga o que está acontecendo!

- Os rebeldes estão atacando a colônia! 

- Rebeldes aqui?

- A supremacia deu ordem para evacuação, um soldado vai nos escoltar.

- Pelo menos não são zerg querendo-nos devorar ou uma frota de naves protoss na órbita do nosso planeta, querendo nos fritar!

- Rápido, senhor! Pegue suas coisas e vamos sair daqui antes que... ”

Pobre Ramires. Nem teve chance de terminar a frase. A guerra chegou a nossa colônia e já ceifou o meu estagiário! Eu gostava dele, era um homem responsável e honesto, mas uma explosão, perto de nosso prédio, provocou o desabamento do teto, soterrando-nos. A sorte estava ao meu lado, nesse dia; alguns tijolos caíram em cima de mim, tive alguns arranhões, mas Ramires foi atingido por uma viga de “neosteel” na cabeça. Ele não teve chance.
Logo em seguida, um soldado apareceu à porta. A armadura desse soldado, em particular, não era tão reluzente; estava gasta, tinha adesivos e pinturas personalizadas: na ombreira esquerda, uma mulher semi-nua; na direita, o brasão da supremacia. A viseira do capacete estava abaixada, e pintada com a face de um tigre. Eu estava atordoado pelos destroços que me atingiram e tentando assimilar o que estava acontecendo. A aparição do soldado não se assemelhava a um cavaleiro em armadura reluzente, mas uma fera: metade homem, metade tigre, em uma armadura gasta e manchada de sangue vermelho. Isso significa que o inimigo, dessa vez, era humano e não, alienígenas zergs ou protoss, mas terranos como eu. Mas isso não parecia fazer diferença para a fera em armadura na minha frente.
Os tiros, gritos e explosões ecoavam na minha cabeça. Fixei minha mente na figura do soldado, na minha frente, tentando concentrar-me, apenas, numa situação, na tentativa de analisar a melhor estratégia para sobreviver a esse pesadelo, mas eu não conseguia tirar meus olhos de Ramires. Talvez eu não estivesse pronto para os horrores e glórias da guerra.
Senti uma mão forte agarrar meu braço: era o soldado. Acredito que, quando dentro de em uma armadura de combate, o soldado perde a noção de sua força, já que essas armaduras, não tão mais reluzentes para mim, são projetadas para intensificar a força de seu usuário. Se eu não tivesse gritado de dor, acho que o soldado nem teria percebido e quebrado meu braço.

“- Senhor, nós temos que ir!

- Mas e Ramires? Não podemos deixá-lo aqui!

- Senhor, ele está morto!”

Não fiz objeções em reclamar pelo corpo de Ramires, apenas aceitei as palavras do soldado e o acompanhei para fora do prédio. A colônia estava sob forte ataque. Provavelmente de um grupo separatista rebelde. Acompanhei o soldado tigre até a praça central da colônia. Estranho usar, como referência, um animal que habitou ou ainda habita o planeta Terra, para me referir a esse soldado, mas depois que vi o restante dos soldados que faziam parte do esquadrão, tive que apelidá-los de soldado dragão, macaco, porco e serpente, pois todos estavam usando armaduras gastas com detalhes personalizados, assim como o tigre e, em suas viseiras, as estampas da face dos respectivos animais citados. Eu não conseguia ouvir tudo o que eles falavam, já que, provavelmente, estavam usando um canal de comunicação interno do esquadrão. Só ouvíamos as vozes dos soldados, quando estes se dirigiam para nos dar ordens.
Aparentemente o líder do esquadrão parecia ser o soldado dragão. Algumas vezes, podíamos ouvi-lo gritando com seus subordinados. Os civis, que não foram mortos durante o ataque, estavam sendo reunidos como gado, na praça central da colônia. Perguntei ao soldado tigre qual era o plano de evacuação. Ele me encarou. Pelo menos eu acho que estava me encarando, já que não era possível enxergar quem estava por trás da viseira com a pintura do feroz tigre. Para minha surpresa, o soldado levantou a viseira e falou comigo com uma voz feminina:
“- Senhor, temos ordens para reunir os sobreviventes em um local de fácil acesso para as naves de transporte.”

Sabendo agora, que o meu interlocutor era uma mulher, vou-me referir a ela como amazona tigresa. Após responder minha pergunta, ela abaixou a viseira e se transformou novamente em fera. Estranho como, aos poucos, não estou mais me referindo a esses ícones da supremacia como cavaleiros de armaduras reluzentes, de acordo com a campanha de propaganda da supremacia.

Algumas horas se passaram e parecia que o ataque havia cessado. Fomos avisados de que o resgate iria atrasar e, por isso, recebemos ordens para nos deslocarmos para um abrigo que havia sido construído, durante a guerra anterior, no caso de um ataque zerg ou protoss. Felizmente, naquela época, a guerra não chegou à nossa colônia, mas o destino gosta de pregar peças.
Parecia que um minuto se transformava em uma hora, uma hora em um mês, um mês em um ano. E o tempo não passava. Éramos  algumas dezenas de civis e os cinco soldados feras da supremacia. Desculpe-me, mas não posso mais me referir à esses soldados como cavaleiros de armaduras reluzentes. Para tentar me distrair e esquecer o tempo, aproximei-me da amazona tigresa, para conversar. Ao chegar perto, ela levantou a viseira.

“- Senhor, por favor, fique com os outros civis.

- Calma eu só quero conversar.

- Senhor, estou de guarda, não posso me distrair.

- Calma, estamos em um abrigo militar subterrâneo, a única porta de acesso está lacrada. Se alguma coisa ou alguém tentar invadir, seremos todos alertados. ”

Nesse momento me veio o seguinte pensamento: se essa coisa ou alguém decidir que nossas vidas não valem nada, não hesitarão em destruir o abrigo e nos matar soterrados.

"- Você tem razão, acho que conversar um pouco não vai matar ninguém.

- Por que você pintou um tigre na viseira do seu elmo, você gosta de se referir a si mesma como amazona tigresa?

- Isso foi uma cantada?"

- Não! Só estou curioso; é que eu sou advogado, e antes desse pesadelo começar, eu estava escrevendo um discurso referindo-me a vocês cavaleiros de armaduras reluzentes.

- Cavaleiros de armadura reluzente? Isso foi outra cantada?
- Não, claro que não! Essa é uma expressão comum. ”

Os lábios da amazona começaram a se retorcer na tentativa de segurar as risadas.

"- Só estou tirando com sua cara. Eu sei que isso não foi uma cantada; sei que é uma expressão utilizada pela propaganda militar da supremacia para se referir a nós, soldados.”

Fiquei alguns segundos em silêncio, mas não precisei falar nada, já que a própria amazona continuou a conversação:

" - Você disse que estava escrevendo um discurso sobre nós?

- É que, recentemente, estou trabalhando em um caso em que o acusado, provavelmente, será ressocializado.

- O quê o safado fez?

- Ele é acusado de homicídio.

- E por isso você se referia a nós, no discurso, na tentativa de comover o juiz?

- Correto. Ele é de uma família importante e, provavelmente, terá o suporte dos melhores advogados. Preciso estar preparado. "
 
Ficamos um tempo, em silêncio, até que eu continuasse fazendo uma pergunta desagradável.

“ - Eu sei que não deveria perguntar isso e, talvez se você não souber responder ou me responder com palavras vagas, vou supor que a resposta seja sim.

- Manda! Qual é a pergunta?

- Você foi ressocializada?

- Não! Eu não passei pelo processo de ressocialização meu cérebro continua sendo meu, pelo menos, eu acho. Essa resposta convenceu você?

- Parcialmente. ”

Depois de minha resposta, nós dois tentamos segurar nossas risadas, contorcendo nossos lábios, já que este não era um momento oportuno para tais privilégios.

" - Alguém do seu esquadrão foi ressocializado?

- Eu acho que o soldado serpente, mas não tenho certeza. “
Olhei para o soldado serpente, tentando enxergar um cavaleiro de armadura reluzente, mas somente a suposição de que, por baixo daquela armadura se escondia um criminoso que foi ressocializado, através de técnicas de lavagem cerebral para lutar pela supremacia. Minha crença nos cavaleiros da supremacia começou a ser abalada.
Talvez seja melhor eu mudar o tema principal do meu discurso. Meus pensamentos são interrompidos pela amazona.

"- Mas posso garantir que os outros membros do esquadrão não são ressoc assim como eu.

- E o líder do esquadrão?

- O soldado dragão ele é veterano de guerra, já luto em várias batalhas, viu amigos morrerem e injustiças serem cometidas. “

Encarei o respectivo, soldado, por alguns segundos, sem ao menos, saber se ele estava olhando para mim, já que a viseira do capacete estava abaixada. Para o meu azar, ele também estava me encarando. Levantou-se e veio em nossa direção:

" - Eu estava observando vocês dois faz algum tempo. Sobre o que estão conversando?

- Senhor o civil só estava curioso. "
Nesse momento, o soldado levantou a viseira. A amazona tinha razão: Ele era, mesmo, um veterano de guerra, com várias cicatrizes no rosto, olhar profundo, uma voz grossa que impunha respeito aos aliados e medo no coração dos inimigos.

“– Tigre, você já imaginou que o nosso civil aqui pode ser um espião dos rebeldes?

- Senhor, eu não acredito nisso.

- E que você, na sua inocência, pode estar passando informações importantes sobre a supremacia?

- Mas, Senhor...

- Tigre, você está dispensada, eu vou conversar com o nosso amigo, agora.

- Senhor, sim senhor. “

Sem questionar, a amazona tigresa abaixou a viseira do capacete e se retirou. O homem, na minha frente, não se parecia, nada, com um cavaleiro em armadura reluzente. Maldita propaganda militar! É por isso que odeio publicitários.

O dragão me encarou e falou:
“ – Senhor, qual é o seu nome?

- Meu nome é... “

Ele nem deixou terminar minha frase e disse:

“- Seu nome é mentira! Eu não confio em vocês, civis. Nossa missão é protegê-los, mas não confiar em vocês.

- Desculpe-me, deve ter ocorrido um engano. Eu não sou espião. Confira aqui, minha identidade. ”

Antes que eu pudesse colocar minha mão no bolso, para retirar o documento, o soldado dragão abaixou a viseira, apontou seu rifle na minha cabeça e disse:

“- Nem mais um movimento, tire sua mão do bolso devagar!”

Os soldados serpente e macaco também apontaram seus rifles na minha direção.

“- O quê? Calma você acha que eu tenho uma arma no bolso?"

Todos estavam apreensivos: Soldados e civis. Não se ouvia mais nenhum barulho no abrigo. Todos esperando para ver o desfecho desse infeliz acontecimento. Eu acho que alguns queriam ver minha massa encefálica esmagada no chão. Outros fecharam os olhos e começaram a rezar. Meu único apoio foi o soldado tigre.

“- Senhor isso é loucura!

- Já que você é amiguinha dele, eu vou pedir que ele coloque as mãos na cabeça e se deite no chão. Você, soldado tigre, pegue o suposto documento no bolso dele. ”
A amazona olhou para mim e pediu que eu fizesse o que me foi ordenado. Sem questionar, executei a ordem. Ela retirou o documento entregou para o soldado dragão que, só abaixou o rifle, para conferir o documento, depois de ter dado a ordem aos soldados serpente e macaco, para abrir fogo, caso eu tentasse alguma gracinha.

Ele conferiu, cuidadosamente, o documento, passou um scanner para checar a autenticidade do mesmo e, após alguns segundos de silêncio, ele deu a ordem:

“- Soldados, descansar. Aparentemente, o amiguinho do tigre é um legítimo civil dessa colônia.”

Os dois cavaleiros em armaduras reluzentes, (para o inferno com essa expressão.) abaixaram suas armas e retornaram aos seus postos como dois cãezinhos treinados. Ás vezes eu acho que os marqueteiros da supremacia se basearam em um vídeo em que Jim Raynor, líder de uma facção rebelde, aparece vestido em sua armadura de combate sem capacete e, ao fundo, as luzes de um cruzador são refletidas no traje de combate de Raynor. A posição da câmera, que capturou esse momento de rara aparição do líder rebelde, faz com que Raynor se assemelhe a um cavaleiro em armadura reluzente.
O dragão se virou para o tigre e disse:

“- Ele é responsabilidade sua! Se esse infeliz prejudicar nossa missão, a culpa será sua.
- Sim senhor.

Tentei agradecer a amazona, mas ela apenas abaixo a viseira e disse:

“- Apenas fique quieto e tudo ficará bem.”

De novo um minuto se transformou em uma hora, uma hora em um mês, um mês em um ano e o tempo não passava, até que o soldado porco falou:

“- Senhor, recebemos comunicação de que uma nave transporte está vindo-nos resgatar.

- Ótimo! Então vamos nos preparar!

- Mas senhor, existe um problema.

- Diga logo!

- Os rebeldes pararam o ataque porque tiveram que fugir por causa de uma ameaça maior. “

Se pudesse cuspir fogo, ele teria feito isso, mas, ao invés disso, o soldado dragão soltou um longo suspiro e murmurou:

“- Já sei zergs e protoss.

- Informaram-nos que enquanto os zerg e protoss estiverem próximos da colônia, as naves não se aproximarão. Nós teremos que ir até as naves. “

- Vão enviar reforços?

- Não, senhor, nós somos os reforços.

- Senhor, quais são suas ordens? “

A conversação foi interrompida por um som agudo e estridente, algo que eu nunca havia escutado antes.

“- Tarde demais! O enxame já está aqui.”

Sons de garras, grunhidos e ácido corrosivo se misturaram, formando uma sinfonia de terror. O enxame zerg estava sobre nós. Alguns momentos depois, começamos a ouvir sons de lasers, explosões e gritos de guerra como: "Entaro Adun", "Por Aiur" e outros ecoavam em nossas mentes. Essa era a contribuição dos protoss na composição da sinfonia da guerra e, em breve, nossos destinos seriam selados ou nas terríveis garras dos zergs, ou nas espadas de energia dos protoss. 

Mas, nesse momento, em que todos deveriam entrar em pânico, o soldado dragão levantou a viseira e, com determinação, ordenou:

“- Ninguém sai do abrigo! Façam uma barricada na entrada com tudo que encontrarem. Se os desgraçados invadirem, eles vão sentir a fúria da supremacia.

Civis e soldados juntos começaram a improvisar uma barricada com tudo que tinha dentro do abrigo: suprimentos, equipamentos médicos, todos o itens que eram essenciais para a sobrevivência de um cerco prolongado.

Civis e soldados juntos começaram a improvisar uma barricada com tudo que tinha dentro do abrigo: suprimentos, equipamentos médicos, todos o itens que eram essenciais para a sobrevivência de um cerco prolongado.

Depois de erguemos a barricada improvisada, a guerra nos atingiu com toda sua glória e horror. O pesadelo do enxame zerg invadiu o abrigo. Garras, dentes, projéteis ácidos e em forma de lanças atingiram a rudimentar barricada. Alguns civis, os soldados macaco e serpente também foram ceifados pela guerra. Os soldados porco, tigre, dragão e os restante de nós, os civis, recuamos na tentativa de escapar do primeiro ataque, mas era inútil; pois estávamos presos em um abrigo subterrâneo; não tinha para onde fugirmos.
Mesmo assim, os soldados continuavam a alvejar os zergs com seus rifles. Nesse momento, a luz do sol, que entrava pela abertura improvisada pelos invasores zergs, realmente fazia com que a amazona tigresa, em sua armadura, empunhando o rifle, se assemelhasse com um cavaleiro em armadura reluzente.