Thrall via Garrosh e Elcid massacrando as ondas do Flagelo que vinham sobre eles, mas nem tudo era apenas vitória, muitos caiam feridos ou mortos e para cada um morto um novo soldado levantava pelo lado inimigo.
- O que faremos Thrall?-
A voz amiga de Jaina Proudmoore, deixa o orc feliz e um pouco pensativo. - Jaina veja aqueles dois lutando colina abaixo.
- Sim eu vejo Garrosh e um desconhecido o que os dois tem em particular?
- Eles não tem respeito um pelo outro, mas não percebem que lutam do mesmo lado, o humano se chama Elcid, é um amigo meu, um aliado que lutou para me salvar da escravidão junto com outros e também foi seu recruta em suas fileiras durante a Batalha em Hyjal.
- Mas o que tem ele de tão especial velho amigo?- Com um simples gesto Jaina invoca ou grande elemental de agua que parte para o campo de batalha.
- Na verdade eu não sei, mas aquele homem tem uma dor em seu peito que vai além das duas facções que eu e você representamos.- Com um uivo Thrall invoca uma matilha de lobos espirituais que saltam a frente do elemental de Jaina e vão de encontro aos mortos-vivos foram alvejados pelos jatos de gelo e água.
- Dor além das facções? O que você sabe sobre o passado deste homem e qual a importância dele em particular?
- Ele e a amada dele estavam em Lua Prateada ou melhor na Fonte do Sol, quando Arthas a serviço da Legião Flamejante fizeram aquele massacre e com a destruição da Fonte do Sol o amor dos dois fora destruído. Desde aquele dia ele procura por ela por todos os mundos conhecidos.
Jaina olha o paladino lutando bravamente ela percebe que ambos tem uma história de amor parecida e com tantas histórias trágicas causadas pelo seu ex-príncipe, não há dúvidas que o grande amor de Elcid tenha se tornado um monstro a serviço do Flagelo.
-Arthas...- dor e culpa misturam-se nas palavras de Jaina.
(...)
Na base da colina Garrosh pragueja quando uma nuvem de flechas caem sobre sua cabeça, só que as flechas apenas colidem contra um grande e pesado escudo.
-Nunca subestime a Luz e a magia dos dragões. Apresento-lhe a Barricada da Eternidade, um presente da Lifebinder Alexstraza.
-Impressionante humano, mas nossa sorte não vai ser a mesma quando usarem outra salva ou mesmo magias.
- E quem disse que iremos ficar parados? Os esqueletos arqueiros estão perto de nossa posição eu vou abrir caminho para que você pulverize o restante.
-Agora você falou como um guerreiro!
Com uma simples prece toda a superficie do escudo brilha, as flechas de saronite caem ao chão, enquanto Elcid simula um golpe com o escudo.
- Agora Flagelo sintam a Fúria do Vingador!- Da luz do escudo uma magia sai em direção aos primeiros mortos-vivos tombam com o impacto outros ficam aturdidos. E com essa pequena brecha Elcid corre e Garrosh o segue. - Sintam o calor do meu Escudo Sagrado!
Elcid não golpeia só usa o escudo e seu próprio corpo como aríete, enquanto Garrosh se assegura que nenhum maldito zumbi os golpeie pelos flancos. E então Elcid sente que colide contra algo que não iria se mover por causa do seu escudo e sua força de vontade.
-Salte Garrosh! É um gigante-zumbi!
Desta vez Garrosh não fala nada só solta outro daqueles seus gritos infernais ao mesmo instante que salta contra o peito do gigante que se curvou para pegar os dois pequenos seres que acreditavam que conseguiriam passar por ele. A criatura não sente dor, mas a força do impacto das armas do orc o fazem voltar seu corpo para traz, Elcid golpeia com seu martelo o pé da criatura, na esperança de desestabiliza-la ainda mais.
A trôpega criatura cambaleia, criando em Elcid a esperança que com o tombo muitos dos esqueletos arqueiros sejam esmagados, mas a realidade era outra, enquanto o monstro se debatia com Garrosh, cortando e escalando seu peito ela na verdade preparou um chute que pega o humano em cheio e o arremeça para longe.
Elcid não teve condições de reunir forças para aguentar tamanho impacto, que destruiu seu escudo mágico e o fez soltar sua arma que se converte novamente no graveto antes visto para assim ficar preso na coxa direita. Mas o pior não fora a perda dos equipamentos e sim a distancia em que ele fora chutado, ele só tinha um segundo para fazer algo e evitar o impacto contra uma das torres de defesa do Coliseu. Suas mãos livres o permitiram apertar as abotoadeiras de sua capa e ao segurar as pontas da mesma Elcid consegue fazer uma pequena asa-delta, então uma lufada de vento o joga para o alto.
(...)
Quando Thrall vira Elcid e Garrosh indo contra os arqueiros ele sentiu que os dois iriam precisar de sua ajuda e não deu outra. Elcid fora usado como bola e sua rota de colisão seria uma torre, mas mesmo os segundos pareciam eternidade para os dois, o paladino se debatia em uma tentativa ousada para salvar o próprio couro, Thrall o ajuda convocando os elementos do vento para fazerem o paladino mudar de direção e em vez do corpo dele ir colidir com a torre ele sobe, dando tempo do humano converter sua capa em uma geringonça, que aos olhos de Thrall lembrava um morcego gigante de asas abertas em frente a luz da lua.
-Você me surpreende cada vez mais Elcid!
- Eu que deveria falar isso Thrall! Sem sua ajuda eu seria uma mancha em alguma parede!
-Elcid cuidado!- O alerta de do chefe de guerra dos orcs fora tarde demais uma bruxa Val'kyr desfere um golpe na asa-delta de Elcid.
-MEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!- O paladino tinha certeza, que uma apunhalada nas costas seria mais efetivo, mas a realidade era que a criatura queria justamente isso, propagar o medo e o pânico, com a própria asa-delta ajudando e atrapalhando a queda. Elcid, faz de tudo para poder controlar a queda e desta vez Thrall não poderia ajudar-lhe pois a mesma Val'kyr entrou em combate mágico contra o líder da horda.
-Queda Suave!- As palavras que Elcid mais queria ouvir na vida foram ditas por um mago no campo de batalha, tal magia desacelerou a queda do paladino evitando que ele morre-se, mas não evitou o tombo.
O braço e ombro esquerdo de Elcid recebem todo o impacto da primeira queda e igual a uma pedra arremessada em um lago o corpo do paladino pula três vezes antes de parar.
Aturdido o humano tenta se recompor o mais rápido possível, seus sentidos eram confundidos pela dor que consumia seu corpo e sua mente, respirar só fazia doer mais, o peito queimava, isso significava que talvez duas ou mais costelas se partiram, a visão estava nublada, nem mesmo os dons mágicos de seu Capuz do Julgamento não o faziam ver claramente.
Então o chão treme, sua pele sente o calor de uma respiração bestial, um urro ensurdecedor é ouvido e quando a visão fica focada novamente, Elcid vê o maior Yeti que ele já tinha visto na sua vida.
A criatura estava muito confusa e furiosa e iria atacar a qualquer momento.
Continua!