quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Conto: O brandir do machado

O humano acorda atordoado por causa de uma noite mal dormida, ele contempla a pequena caverna onde se escondeu do frio do lado de fora e a fogueira que apagou para evitar chamar a atenção de algo hostil, ele a acende novamente e prepara seu último pedaço de carne de Rhino. Ao preparar a carne sua mente lhe mostra flashs do seu sonho ou de um pesadelo.

A respiração fica pesada ele se perde no tempo, "até parece que foi ontem", murmura, " não sei dizer o porque, mas sinto que foi ontem!"

Então ele olha o seu braço esquerdo:
"Minhas cicatrizes me dizem que foi a muito tempo que eu fiz parte de um grupo de assalto da facção dos Kirin Tor a lendária cidadela de Ulduar. Mas meu coração me fala que foi ontem."

Terminado o preparo da carne, ao dar a primeira mordida, sua mente volta a arquitetura de Ulduar e de seus grandes segredos, segredos que quase o enlouqueceram de uma vez por todas!

"Aquilo foi tão real... mas parecia que eu não tinha perdido ela." "Eu quase desisti de tudo... quase pus tudo a perder..."

Mais uma mordida na carne preparada e o nome que ele profere sai no meio de um engasgo:

"Yogg-Saron!''

As ilusões dele eram de pertubar qualquer um, passado, presente e futuro do mundo se misturavam nas mentes de cada um que ousou entrar na dimensão paralela que dava acesso ao cérebro de Yogg-Saron, mesmo os mais puros e corajosos sofreram danos sérios, que Freya fez de tudo para curar. Mas neste homem a ferida não exposta tinha um nome e uma razão, era uma ferida de amor perdido, de um coração despedaçado.

"Demy!"

No passado ele estava entre os sobreviventes do ataque de Arthas a Silvermoon, a destruição da Sunwell, o desalento dos seus amigos altos elfos, o choro de sua amada que preferia ter morrido a ter deixado aquela tragédia acontecer a seu povo e sua cultura e então a traição por Garithos que propunha que só humanos eram fortes o suficiente para lutar e libertar o mundo do flagelo dos mortos-vivos.

O humano levanta acampamento, pega seu velho elmo que ele usa desde o tempo que lutou contra Onyxia:
"Capuz do Julgamento... mais se parece para que eu possa esconder meu rosto e minhas emoções."

O humano apaga as chamas restantes de sua fogueira, sai da pequena caverna e constata que o clima frio da coroa do gelo estava mais aceitável e com uma pequena oração e um toque na ferradura dorada em seu sinto sua montaria aparece da luz do sol refletida na ferradura.

"Impulso, meu lindo corcel pronto para seguir jornada meu mágico amigo?"

O cavalo mágico caminha até a mão direita do humano e com a cabeça tenta pedir por um carinho em sua testa.

"Um cavalo de batalha de um paladino agindo como se fosse um potrinho! Você nunca vai perder essa sua joviedade não?"

E com um sorriso o paladino faz um carinho em sua montaria e em poucos instantes a monta para cavalgar em rumo ao norte, três horas cavalgando nas estepes geladas da Coroa de Gelo o cavalo começa a sentir o cansasso:

"Desculpa velho amigo mas meu grifo foi abatido ontem. Eu mal escapei com vida do dragão morto-vivo que nos emboscou."

O animal para e o paladino logo ve o porquê, do alto da colina em que estavam o homem avistara uma grande construção com estandartes prateados no centro e dois pavilhoes laterais estampando os brasões da Horda e da Aliança. O Calor da vida logo preenche o coração do homem exausto, só mais uma hora de cavalgada e eles chegariam ao Coliseu dos Cruzados, e finalemente ele poderia ter um descanso após conversar com algum padre.

Após uma hora de cavalgada cautelosa o paladino chega no território do coliseu, no primeiro pavilhão as cores vermelhas e prateadas se misturavam, o idioma orc era o mais falado, mas as outras raças falavam em seus próprios idiomas também. Então uma risada feminina e estrondosa faz o paladino girar a cabeça rapido era uma risada familiar, mas ao ver a jovem de cabelos morenos a respiração do paladino fica pesada.

"Por um instante pensei que era ela!"

-Saia da minha frente escória da aliança! Não vê que estou passando??

Os berros do orc acordaram o paladino, rapidamente ele abre caminho para o orc.

-Garosh ele não fez de propósito esse homem esta exausto.- Aquele orc o paladino conhecia de outra linha do tempo de um outro momento importante, aquele orc era Thrall o Warchief da Horda.

-Eu peço desculpas por minha falta de etiqueta.- o paladino estava se sentindo embarassado, ele estava no campo da Horda um mero insulto e uma luta aconteceria para defender a honra da parte ofendida.

-Sem cerimônias velho amigo!- Thrall parecia ter reconhecido um velho aliado.- A quanto tempo Elcid?!


Continua...

5 comentários:

  1. Muito legal!!! Gostei! Não vejo a hora de ler a continuação .. :)

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  2. Parabéns excelente narrativa, estou ansioso pela continuação, sou um assinante do rss, mais este mereceu um comentário.

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  3. Uia! Mais um cronista entre os blogueiros! Muito importante isso ^^

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  4. Exelente, ando sem tempo e só consegui ler agora! Continue o conto. Isso me dá muita vontade de jogar interpretando, pena que nunca encontrei alguém, muito menos uma guild disposta a tal.

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  5. pena que jogar interpretando exige ainda mais um servidor em portugues!
    E olha que até eu animo =)

    Estou pensando no que colocar primeiro. Tantas opções!

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